Em
artigo enviado ao Blog, o jornalista Wilame Januário comenta as
recentes manifestações pelo país. Confira:
Bom…impossível
ser apático a tudo que está acontecendo. Mais ainda, impossível
ser IMPARCIAL vendo e estando nessas manifestações.
Muitos
estão falando demais sobre tais manifestações. Saliento que é
JUSTO e DIGNO qualquer movimento que represente A MAIORIA da
sociedade brasileira. Assim é a democracia.
O
que me indigna e envergonha são ações isoladas, mas preocupantes,
de vândalos e ignorantes que se aproveitam de tais atos para nos
jogar contra garganta pensamentos anarquistas e, até mesmo,
autoritários (da quais levantam a bandeira e o peito para dizer que
são contra).
Não
se divulga e se dissemina qualquer ideia ou protesto com truculência,
seja de que lado for: da imprensa, do governo ou da população.
Citando alguns de vários exemplos, relembro a ridícula ação feita
pelos manifestantes de São Paulo ao jornalista Caco Barcellos, além
dos carros queimados das redes de TV. Mais estúpido é quem ainda se
acha dominado por essas grandes redes de comunicação. Uma frase tão
manjada quanto à blusa xadrez em época de festa junina!
Carros
de emissoras sendo quebrados e queimados, repórteres sendo recebidos
com total hostilidade por parte dos manifestantes. Não vou nem falar
dos patrimônios públicos quebrados, dos saques a bancos e lojas,
dos ônibus destruídos…
O
que esses manifestantes têm de ter a noção é que a função da
comunicação é de dar mais voz às reivindicações. Porém, muitos
não entendem dessa forma e acham que toda a culpa das mazelas do
Brasil advém das redes de comunicação. Não vamos esquecer que as
redes de comunicação, de quais tantos são contra, também ajudam a
transmitir a informação e prestam um serviço a população.
Sou
jornalista e fico triste quando vejo um movimento com tanto destaque
e com um grupo engajado, bonito de se ver, mas que destrói a ação
da profissão e permanece de cabeça fechada para reais soluções.
Para
encerrar, reproduzo um texto de banner tão disseminado nas redes
sociais: “Não adianta ir pra rua como um leão, se você continua
a votar como um burro”.
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