O
fato de ser filiado a um partido de bandeira “socialista” e de
até pouco tempo ter integrado a base de apoio da presidente Dilma
Rousseff (PT) não se mostrou obstáculo tão grande para a
aproximação do ex-governador e pré-candidato à Presidência
Eduardo Campos (PSB) com os empresários quanto sua aliança com a
ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, sua pré-candidata a vice.
Essa
é a percepção de parte dos 320 empresários que participou do 13º
Fórum de Comandatuba, na Bahia. O encontro reuniu nomes com Abílio
Diniz, da BR Foods, Luiza Trajano, do Magazine Luiza, e André
Esteves, do BTG Pactual, e serviu como palanque da oposição.
Diante
da ausência inédita de ministros de Dilma, Eduardo Campos e o
senador Aécio Neves, pré-candidato do PSDB ao Palácio do Planalto,
encontraram campo livre para cortejar o PIB. Depois de um debate de
cinco horas em que a dupla respondeu lado a lado, pela primeira vez,
perguntas do público e de jornalistas, o tucano saiu ovacionado pela
plateia. Já o ex-governador de Pernambuco, que esteve o tempo todo
acompanhado de Marina, teve uma recepção bem menos calorosa.
“Aécio
foi mais assertivo nas propostas. A sensação do empresariado é de
que ele está mais livre para desenvolver suas plataformas de
governo. Campos está um pouco inibido”, disse o empresário João
Doria, presidente do Lide (Grupo de Líderes Empresariais), entidade
que organiza o fórum. “Com Marina, ele toma muito cuidado no trato
de certo temas para não feri-la ou contrariá-la.”
Aécio
tem adotado um discurso mais ortodoxo na economia e defendido o
legado do ex-presidente Fernando Henrique Cardozo, algo que não
havia sido feito ainda pelos candidatos do PSDB desde que o partido
deixou o comando do País, em 2002.
(Cearaagora)
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