Ceará Acontece: Pará não será dividido, decide plebiscito

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Pará não será dividido, decide plebiscito

Os paraenses foram às urnas no domingo (11) e disseram não à proposta que criaria os Estados de Carajás e Tapajós,  segundo confirmou o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) antes mesmo do fim da apuração dos votos do plebiscito.

Os eleitores tiveram de responder “sim” ou “não” a duas perguntas: uma sobre a criação do estado de Tapajós e outra sobre a criação de Carajás. 

A confirmação do resultado foi dada com 78% de urnas apuradas, duas horas depois do término da votação. A apuração terminou por volta da 23h20 (horário de Fortaleza) de domingo (11) e o resultado final foi de 66,59% votos para o "não" à criação do estado de Carajás e 66,08% rejeitando a formação do estado de Tapajós.

Cerca de 4,8 milhões de eleitores paraenses estavam aptos a votar no plebiscito, que ocorreu entre as 8h e as 17h (horário de Fortaleza). Do total apurado, pouco mais de 1% era de votos nulos e 0,4% de brancos. Como a maioria foi contra a proposta, o Congresso Nacional deverá arquivar o tema.

O eleitor cujo domicílio eleitoral é no Pará, mas que não pôde participar da votação, terá de justificar a ausência no plebiscito até o dia 9 de fevereiro de 2012 em qualquer cartório eleitoral do país. De acordo com o TSE, 25,71% dos eleitores não compareceram às urnas. 

"Teste para democracia participativa"

 

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Ricardo Lewandowski, avaliou que o plebiscito sobre a divisão do Pará foi um “teste para a democracia participativa” no país. 

- Demos um passo para além da mera democracia representativa e vivemos agora em toda a plenitude a democracia participativa, em que o povo é chamado a opinar sobre as questões relevantes que dizem respeito ao país, mediante alguns instrumentos como o plebiscito, o referendo e a iniciativa popular - disse o ministro à Agência Brasil.

O ministro ainda considerou a taxa de abstenção normal e comemorou a eficiência da consulta pública.
- O povo brasileiro amadureceu plenamente para a democracia. Ele comparece às urnas, entusiasma-se no processo eleitoral, os índices de abstenção são relativamente pequenos em um país de dimensões continentais. Então eu entendo que a democracia no país está totalmente consolidada - destacou e completou: (que) o povo pode ser consultado rapidamente de forma eficiente e também de forma econômica.
Fonte: CNEWS

Nenhum comentário: