Em junho de 2025, o valor médio da gasolina em diferentes Estados brasileiros era de R$ 6,23. Isso representou uma alta de 6,5% em comparação com junho de 2024.
Um dos pontos que impacta no aumento de preços dos combustíveis é a cotação do dólar. Mas outros fatores também contribuem para a oscilação. Você sabe quais são?
Continue a leitura e conheça detalhes sobre o aumento do combustível e quais fatores vêm influenciando a alta. Saiba ainda o que esperar em relação ao aumento dos combustíveis no futuro. Confira!
Qual foi o aumento do combustível em 2025?
Ao longo do primeiro semestre de 2025, o preço médio da gasolina comum, do etanol e do diesel teve flutuações. Em junho, a Petrobras anunciou queda nos preços de venda de gasolina A para as distribuidoras, chegando à redução de 5,6% a partir de 3 de junho. A gasolina A é a versão mais pura do combustível, entregue às distribuidoras. Segundo a empresa, o preço médio passará a ser de R$ 2,85 por litro, o que representa um recuo de R$ 0,17 por litro. Com a medida, a empresa estatal espera que o preço nos postos siga a diminuição e chegue ao consumidor. Segundo a Agência Brasil, com a redução de junho, desde dezembro de 2022 a Petrobras recuou os preços da gasolina para as distribuidoras em R$ 0,22 por litro – ou seja, houve uma queda de 7,3% no período.
Qual o preço médio da gasolina no Brasil?
Segundo o Levantamento de Preços de Combustíveis da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o preço médio da gasolina no Brasil em 2025 é de R$ 6 a R$ 7 por litro, dependendo do estado e região.
Quais são as principais causas do aumento do combustível?
Entre os motivos que podem levar à alta no preço dos combustíveis estão fatores como:
● custos e remuneração das distribuidoras e revendedores;
● adição de etanol;
● impostos federais e estaduais (ICMS);
● oferta e demanda do petróleo no Brasil e no mundo;
● oscilação do mercado internacional e do mercado financeiro;
● política de preços e outros.
Como a política de preços da Petrobras influencia o valor dos combustíveis
A Petrobras é responsável por cerca de 1/3 do preço cobrado na bomba de combustíveis dos postos brasileiros. A atual política de preços da estatal inclui definir os preços levando em consideração tanto sua relação com o mercado nacional quanto internacional. Conforme divulgado pela Petrobras em 16 de maio de 2023, a estratégia comercial de diesel e gasolina adotada pela estatal permite competir de forma mais eficiente. A estratégia leva em consideração a participação da Petrobras no mercado para produzir e comercializar seus ativos de refino de petróleo da melhor forma, mantendo ainda a rentabilidade da empresa. Os reajustes, contudo, continuam ocorrendo sem periodicidade definida. O objetivo é evitar que a volatilidade de cotações internacionais no preço do petróleo e na taxa de câmbio impacte no aumento de preços internos de combustível. Além das influências de oscilações nos preços internacionais do barril de petróleo, incluindo instabilidade econômica e crises ou guerras, o preço praticado pela Petrobras leva em consideração o cenário brasileiro atual. Depois da venda do combustível pela estatal, contudo, ainda há fatores como impostos e a própria margem de lucro dos postos que serão somados até chegar ao preço final para o consumidor.
Qual a influência do câmbio e do cenário internacional nos reajustes
Por ser uma commodity transacionada no mercado internacional, o combustível tem o preço nas refinarias vinculado ao dólar.
É a mesma dinâmica aplicada ao minério de ferro, à soja, à carne ou ao trigo. Se o produtor vende o produto mais caro no exterior, ele não vai reduzir os preços no mercado nacional. Em parte, essa lógica se aplica ao combustível, porém a Petrobras tem levado em consideração também o cenário nacional e não apenas os valores praticados internacionalmente. Até 2023, a política da empresa era de paridade internacional, ou seja, se um barril custava cerca de US$ 100 lá fora, a Petrobras não calcularia um valor menor para o Brasil. A questão principal era evitar prejuízos pelo fato de ter que importar os derivados do petróleo para realizar o refino do combustível. Porém, com a mudança na política da empresa, o cenário nacional voltou a ter um peso grande nas decisões.
A estatal voltou a ter uma política de não focar em apenas acompanhar a variação do dólar. Mesmo havendo outros fatores que impactam no preço do combustível, a influência do dólar continua forte. Ou seja, com alterações no dólar, as oscilações no preço da gasolina, do diesel e derivados do petróleo tendem a sofrer impactos.
Até que ponto os combustíveis podem subir?
A Petrobras acabou de realizar uma diminuição nos preços de venda de gasolina A para as distribuidoras, chegando a uma redução de 5,6%. Os dados de junho de 2025 também mostram o preço do diesel em R$ 6,05 no país. O preço pago para encher o tanque, porém, pode subir por fatores que vão além dos praticados pela estatal. Por isso, é preciso acompanhar como estão encargos, tributações, impostos estaduais e margem de lucro, que alteram o valor do combustível.
O impacto dos impostos e taxas no preço final do combustível
Entre os tributos que compõem o preço da gasolina no Brasil estão:
● PIS/Cofins: a Contribuição de Integração Social e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social são tributos federais.
● CIDE‑Combustíveis: a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico tem valor fixo por litro e é destinada a investimentos em infraestrutura de transportes e projetos ambientais.
● ICMS: o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços é estadual e varia conforme o estado.
Para o preço do diesel, os mesmos tributos estão embutidos:
● ICMS;
● PIS/Cofins federais;
● CIDE‑Combustíveis.
Os impostos têm um grande impacto no valor final dos combustíveis. A carga tributária é determinante para a volatilidade dos preços, pois reflete variações cambiais, reajustes federais e decisões de cada estado sobre as alíquotas. Por isso existem preços diferentes de estado para estado.
Com informações: Blog Serasa
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